CIRCULAR Nº 02 / 2024

A Salvação é Universal

Caros irmãos, A paz de Deus.

A salvação é universal no sentido de que é oferecida indistintamente a todo e qualquer ser humano, tendo como único pré-requisito a fé genuína em Jesus Cristo. Quem crer Nele e aceitá-Lo como exclusivo, pessoal e suficiente Remidor será salvo, caso se mantiver na fé até o fim, e dela não se apostatar. Jesus morreu por todos os homens a fim de limpá-los e resgatá-los da maldição do fogo eterno, todavia, nem todos serão salvos.

Isso se explica pelo fato de o Seu sacrifício valer somente para aqueles que Nele crerem, recebendo pela fé em Seu nome a Graça salvífica em si mesmos. Isso é justo, pois o preço pago pela salvação foi elevado demais para ser desprezado, custou a vida e o sangue do Filho de Deus.

Cristo, deixando a Sua glória divina, desceu do mais alto Céu para as partes baixas desse mundo, se fazendo semelhante aos homens, para cumprir a missão de resgate das almas perdidas.

Quem crê em Jesus Cristo, recebe a justiça da salvação pela fé, mas quem não crê, recebe a justiça da condenação por tê-Lo rejeitado.

O maior erro da humanidade é rejeitar e desprezar Jesus Cristo e Sua Santa Palavra, pois essa escolha não deixa mais alternativas senão a da condenação eterna.

Tudo começou com Ele e terminará Nele, que é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de tudo e de todas as coisas. Por isso, a redenção não é dependente, nem mérito de nenhuma denominação religiosa, tampouco depende do que, ou de quem, quer que seja. Somente pela obra magnífica realizada por Jesus Cristo, e consumada na cruz do calvário, o ser humano poderá se livrar de um destino irremediável, lamentável e terrível nos abismos eternos.

Essa dádiva celestial, a graça maravilhosa, salva o crente da abominação, justificando-o e conduzindo-o a vida eterna (Ef 2:8 e Tito 2:11). Jesus Cristo abriu-nos a revelação de Sua Palavra e, por ela, mediante a fé, franqueou a todos o acesso a Deus, enviando-nos o Espírito Santo. Nosso Senhor Jesus Cristo foi crucificado com o propósito de perdoar os nossos pecados, nos unindo com Deus. Por essa razão, na cruz, o Filho de Deus consumou uma obra de reconciliação, unindo os homens fraternalmente, tornando-os irmãos; e unindo os homens com Deus em Seu filho, no plano espiritual, tornando-os filhos de Deus por adoção:

Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho; a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” (Rom 8:29)

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome.” (João 1:12)

O Senhor morreu por todos — tanto para os que hão de se salvar quanto para os que hão de se perder. A constituição desses dois grupos — salvos e perdidos — é consequência da aceitação ou negação ao chamado espiritual, exercido livre e individualmente, por parte de cada ser humano, e jamais resultante de uma suposta limitação da graça redentora de Cristo.

O apóstolo João manifesta que Deus ama a todas as pessoas e deseja salvá-las, bastando para tanto acatarem o chamado do Evangelho:

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do Unigênito Filho de Deus.” (João 3:16 a 18)

Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” (João 6:29)

O Senhor é o Cordeiro sacrificado para remoção dos pecados de todos quantos desejarem a salvação, pois:

“[…] ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” (1João 2:2)

“…Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.” (Rom 10:9)

Ora o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.” (2Cor 3:17)

Convenhamos que não haveria sentido algum na condicionante contida nesse capítulo “se com a tua boca confessares e em teu coração creres”, caso tanto a confissão, quanto a crença fossem uma imposição arbitrária e unilateral do Altíssimo. Aqui se percebe, por um lado, a responsabilidade humana em crer na Palavra de Deus, por outro lado, a abertura divina em acolher a todos quantos

receberem a verdade do Evangelho. Afinal, a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus:

Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam.” (At 17:30)

Como se percebe no convite divinal:

Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17:21)

Assim, se lê:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mat 11:28)

Novamente:

E tudo isto provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” (2Cor 5:18)

Uma outra vez:

Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1Cor 15:22)

Ou seja, todos quantos aceitarem o Evangelho serão vivificados, pois para Deus não interessa que alguém se perca, conforme lemos na carta de Pedro:

O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” (2Ped 3:9)

Concluímos afirmando que todos os vivificados pelo Evangelho receberão virtudes suficientes para conservá-los em uma vida santificada firme e fiel, que é a condição para se estar em Deus. Logo, alguém pode provar para si mesmo sua condição em relação a sua eleição, observando se o seu andar é pela fé em santidade. Quem está em Cristo e o Espírito Santo faz morada nele, está na Luz e as suas obras necessariamente refletirão essa verdade.

Vossos irmãos em Cristo,

O Conselho dos Anciães